terça-feira, 1 de setembro de 2020

As causas da Quarentena do COVID-19 e críticas artísticas construtivas.

 

 

Com toda certeza você deve ter ouvido ou lido em algum lugar que a pandemia causada pelo COVID-19 e o isolamento social tem deixado as pessoas um tanto nervosas, angustiadas e porque não, solitárias. Os casos de conflitos familiares e sociais teve um aumento considerável, situação péssima para a época em que estamos passando. Infelizmente é o preço que se paga para se manter seguro em nossa atual condição, assim penso.

Estamos vivenciando um momento em que deve haver união, por mais isolados que devemos ficar. Evitar brigas, desentendimentos ou outras coisas do gênero. Mas nem todos tem essa perspectiva. Quer saber o motivo deste texto? Pra isso devemos voltar dois anos...

Eu tinha uma amiga, ela era uma entusiasta do movimento urbano-musical chamado emo (sinceramente, é algo ridículo na minha humilde opinião). Ela vivenciou esta época em que esse estilo de grupo musical estava no topo. Ainda bem, como toda moda absurda, isso acabou! Pois a mentalidade dessas pessoas que curtiam essa vibe, era de pessoas choronas, dengosas e que levavam tudo pro lado emocional e nenhum “pé no chão”, embora isso tenha terminado e ficado enterrado lá em meados de 2007 ou 8 (não lembro) para a minha amiga isso jamais terminou (infelizmente).

Por essa pessoa ter a resistência emocional de uma folha sulfite molhada, ela ficou extremamente irritada, após visualizar um comentário em que fiz em tom de brincadeira pelo instagram. Eu a conhecia há anos, conversávamos sobre qualquer coisa no intervalo das aulas, com toda certeza, imaginei que eu tinha uma liberdade para brincar e ela a maturidade para entender isso mesmo que seja pela internet. Não foi o caso. A garota deixou de falar comigo por pelo menos dois anos.
Enfim chegamos na pandemia...

 

Voltamos a conversar pelas redes sociais, logo ela me contara todos os sonhos, segredos e tudo mais. Por fim ela me surpreende por dizer que também gostaria de ser cartunista, chegou a me desenhar, eu curti demais o desenho que ela fez de mim, e curtia demais a empolgação dela pelo tal assunto. Era realmente animador vê-la contente com a ideia de fazer quadrinhos. Mas como todo iniciante ela tinha um caminho longevo até onde acreditamos ser o ideal para o trabalho ser algo apetitoso para o mercado de quadrinhos e ilustração (falando em questões de qualidade e financeiras). Tomei muitos “nãos”, e ainda estou na plataforma de iniciante e estudante de desenho e quadrinhos, eu Bruno Fara não sou nenhum profissional, muito menos um expert nisso. Mas tive contato com esse “mundo quadrinístico” e pessoas da área quanto tive meu primeiro computador em 2009, eu tinha algo a passar para ela, pelo menos algo que eu tinha conhecimento e pudesse ajudar. Eu disse que iria ajuda-la.

Mas como poderei dizer à ela que ela precisava melhorar a qualidade do seu traço e desenho? Me indaguei por muitos dias sobre isso, levando em conta que ela herdava aquela velha característica dos emos de 2007 ou 8. Sim, me preocupei com algo antigo assim, porque a mesma, posta em seus stories do instagram que estava vivenciando esta época novamente durante este período de pandemia. Logo fiquei preocupado (logo você vai entender). Às vezes eu perguntava se ela estava estudando anatomia, observação, perspectiva e coisas assim, pois de fato, eu realmente queria motiva-la a melhorar seus desenhos. Quando eu disse isso claramente à ela, logo a mesma me solta essa:

“Ah eu não curto essa coisa de evolução (aqui no sentido de evoluir o traço) me causa uma certa pressão, sei lá. Mas gosto como estou.”

E eu levando em conta que ela estava afim de entrar no mercado das ilustrações e HQs, eu disse:

“ Bom se quiser trabalhar com isso, vai ter que melhorar.”

 

Eu dei um toque em minha amiga de que o mercado exige qualidade, ainda mais para um público exigente que é os nerds e no que se diz respeito à arte como um todo (como já dizia Sir Roger Scruton: A Beleza importa!) Ela devia entender esse ponto que TODO artista, seja ele profissional ou não, está sempre procurando “evoluir” seu traço, suas noções artísticas. Jamais se contenta com o que tem, isso soa até um drama. Tanto eu quanto ela estamos no “mesmo barco” como se diz popularmente, porque não somos profissionais, mas sim apenas amadores o que nos resta é procurar melhorar a qualidade cada vez mais. Enfurecida, dispara ofensas e me pede para excluir as minhas fotos com ela (o pedido foi ignorado). Eu não mandei uma resposta, apenas visualizei. Logicamente fiquei triste com o episódio, pois eu dou muito valor à amizades, isso é importante, mas por ela não aceitar críticas o pior que imaginei de fato ocorreu, ela perdeu uma amizade de 10 anos. O que é triste pois neste momento onde vivemos um contato extremamente restrito, há pessoas que não entendem que podem fazer o bem mesmo estando longe fisicamente, apenas oferecendo sua amizade e companheirismo. É o que acredito que nos mantém unidos agora, por tanto jovens... não briguem e não lancem mão de suas amizades por mero capricho ou qualquer motivo pífio. Espero que vocês fiquem bem, se cuidem, e tenham uma ótima saúde!

Abraços!
B.F.



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